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Profº. João Batista Teixeira

 

Um dos Muitos Trabalhos de Restauro Efetuado:

 

 

 

Prédio Sede da Sociedade Musical Lira de Apolo

 

  Aos poucos, um dos prédios mais imponentes do centro histórico de Campos dos Goytacazes vai recuperando sua beleza original, que foi devastada por um incêndio ocorrido em 19 de novembro 1990. A sede da Sociedade Musical Lira de Apolo, tombada pelo Instituto Estadual do Patrimônio Histórico (Inepac), está em restauração desde 2012 e nas últimas semanas ganhou dois ornamentos de metal reproduzidos cuidadosamente de forma artesanal. As liras, símbolo da Sociedade Musical, cada uma com três metros de comprimento, foram instaladas no topo do prédio e as fases de projeto e construção demandaram cerca de um ano de trabalho.

Quem construiu as liras foi o restaurador João Batista Teixeira, que, aliando arte e técnica há mais de 40 anos, já trabalhou em obras importantes Brasil afora, como a do Theatro Municipal do Rio de Janeiro e o Palácio Tiradentes, sede da Assembleia Legislativa do estado do Rio de Janeiro (Alerj). Ele é de Juiz de Fora, Minas Gerais, e foi indicado para o trabalho pelo próprio Inepac. As peça, instaladas no alto de uma torre de três metros, pesam aproximadamente 80kg cada uma e foram moldadas manualmente com 36 chapas de zinco de dimensões de 1mx1.5m.

 

Como as peças originais se perderam no incêndio, João Batista conta que reproduzi-las não foi tarefa fácil. “O prédio é tombado e, por isso, sua restauração precisa seguir fielmente o projeto original. Nós só tínhamos fotografias das liras originais e chegar às dimensões das peças demandou um trabalho meticuloso envolvendo estética e volumetria”, comentou.

A lira da torre esquerda foi instalada no dia 16 de fevereiro e a peça da torre direita no dia 23 do mesmo mês. As duas custaram cerca de R$ 35 mil. O profissional esclarece que o tipo de restauração aplicada no prédio histórico é a interventiva, na qual partes destruídas pelo fogo precisam ser refeitas. “O restauro conservativo preserva as peças originais, o que não é o caso da Lira de Apolo”, explicou.

Outras peças do prédio históricos também deram trabalho à equipe. O telhado, por exemplo, era de telhas francesas, que não são mais encontradas no mercado. Foi necessário mandar fabricar mais de três mil unidades.

 

 

 

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Peça volta ao topo do prédio histórico (Fotos; Silvana Rust)

 

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João Batista Teixeira já trabalhou em restaurações importantes Brasil afora (Fotos; Silvana Rust)